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Mensagem  Jully de Serpentário Ter Set 11, 2012 3:52 pm

Sob o clamor de uma afável oração àquelas terras gélidas sobreviveram. Dispersa pelo álgido vento uma terna voz feminina abrasa os corações daqueles que se deixam vencer pelo frio constante que açoita o solo sagrado de Asgard como o látego do feitor mal. Abatidos pelo sofrimento, o povo do extremo norte nascido no berço do pano branco não conhecem a relva verde ou o fulgurar quente do astro rei. Sobretudo, constantemente suplicam ao seu deus que lhes dê forças para suportar o jugo que seus nobres corações receberam como dádiva do destino.Porém há pouco o gelo fundiu-se as águas do ártico sem se importar com os minutos e segundos. A mesma voz que outrora era aprazível a todos, agora possuía um rancor fantasmagórico irônico. Seus olhos domados por uma esperança eram preenchidos por u m ódio nefasto que faziam o amor e respeito transformar-se num profundo medo. Subjugada por algo que ninguém sabia, era dado o fim do sofrimento e o início da glória do povo asgardiano sobre a terra, sucedendo assim a peleja mortal contra aqueles cuja alcunha percorria os quatro ventos, os chamados Santos.Agressivo por dentre das montanhas o cosmo do colossal servo da representante de Asgard anunciava o início da primeira batalha mortal e também mostrava o fim.
- Nessas terras de Asgard farei seu túmulo Pégaso!-Disse O guerreiro.
O cosmo cândido mesclado por pigmentos violáceos denotavam a cólera que este concentrava em sua energia. Um singelo sorriso esbouçou-se com o ataque desferido. Diversos golpes em formatos de meteoros atingiam o robusto guerreiro que tinha em seu peito o orgulho de trajar a sagrada armadura dos deuses, entretanto, seu corpo assemelhava-se a uma barreira impenetrável, nenhum dano se via tão pouco sentia. O olhar pasmo de Seiya junto aos passos recuados explicavam seus murmúrios temerosos.
- Seus ataques são uma vergonha para o nome dos cavaleiros... Athena pecou ao trazer para sua defesa os fracos cavaleiros de bronze...-Disse o Guerreiro.
Seu punho cerrado fora tomado por um poder destrutivo sem igual, nos meados da velocidade da luz seu ataque atinge em cheio o cavaleiro de Pégaso, jogando-o direto para o orifício entre as montanhas geladas. Os gritos de desespero logo iam se abafando, encerrados pelo som do encontro do baque do corpo inerte de Seiya com a neve.
"Faltam apenas dois..."-Pensou o guerreiro.
Virando-se para trás, confirmava o fim do primeiro que se opôs aos ideais de sua amada Hilda. Com rápidos saltos nas rochas interligadas voltava para o céu aberto recebendo os fortes ventos da nevasca que se dava. Tomou para si seus machados fincados à neve fofa e fora em busca dos insolentes que ousaram adentrar as terras de Asgard. Rapidamente a ampulheta do destino dispersava suas areias para a gloria do povo asgardiano.Os desfiles invernais marcavam a eternidade naquelas terras abençoadas pela guarda de Odin. Acostumava a viver perto dos ardores mediterrâneos e do sol que abraçava o cotidiano grego, viajar por aquele norte europeu era no mínimo... inóspito. Os saltos flavescentes de suas botinas ganhavam adornos brancos devido aos pisadas nevascas naquele solo. O glacial era inevitável e até um pouco incômodo. Mas em seu peito havia calor. Calor que aquecia a sede de vitória.
Mal havia sido desiludida do mal instaurado no Santuário, os Cavaleiros da Esperança mostraram de que lado estava o bem e quem era a autêntica deusa, a qual Shina volvera-se amazona apenas para proteger. E a protegeria agora com mais convicção, ainda que, no mais humano dos sentidos, a divindade representava também sua possível rival.Mas esse não era mais seu foco. De coração aberto para o garoto que lhe cativara a vida, desarmou-se em parte de sua natureza hostil. Seu amor agora reverteu-se em um sentimento não condicionado, entregue apenas ao desejo de zelo e proteção. Amor não era mais sinônimo de veneno ou de morte. Apenas de vida.
Ver a maneira com a qual Seiya quase cedeu sua vida pelo bem mais precioso a fez reavaliar a razão porque lutava e não levava qualquer vida feminina civil. Destituir Ares personificado pelo Cavaleiro de Gêmeos fez com que a paz regressasse. Mas por quanto tempo? Até que Odin permitisse.
"Eu não tardarei, Seiya... estarei ao seu lado para lhe ajudar..."-Pensou Jully.
Palavras permeavam sua mente no seu trajeto corrido pelo chão nevasco. Deu-se por satisfeita em sentir o Cosmo de Seiya já próximo, mas não tão forte... quase esmorecendo. Lateral a uma montanha, Jully pode então ver o cavaleiro de costas, arrojado por um brutamontes em direção às montanhas. O colossal guerreiro repeliu os meteoros ministrados por Marin em prontidão. Seiya, comparado em estatura, considerava-se um pigmeu. Momento de ação para a Serpente.
Acercou-se a Seiya, segurando-lhe a cabeça. Sentiu sua respiração. Débil, porém em funcionamento.
Deitou-o outra vez e ergueu-se. Ao olhar para o algoz, viu que esse saltitava pelas rochas, serelepe por sua suposta vitória.
- A BATALHA AINDA NÃO ACABOU! - Bradou Jully, imponente em sua voz aguda. - Prepare-se. Esse será seu fim!
O advento da guerra era espalhado pelos ventos nórdicos como alarido de que tão próximo estava o fim dos tempos de opressão, onde já não mais necessitariam serem impedidos de sentirem os raios do sol ou de verem os campos verdejantes por causa de povos tão ingratos. Assim também sucederia a brusca queda eminente do Santuário de Pallas pelas mãos da divina governante das terras geladas de Asgard. Ninguém se opusera, pelo contrário, todos atentos ao mandar permaneciam dentro de seus casebres orando em harmonia pelos guerreiros que arriscavam suas vidas a favor deste desolado povo que com fé ansiavam a chegada do grande dia triunfal.O som cortante da nevasca que soprava com veemência farfalhava os alvos cabelos do robusto Thor, que num marchar vagaroso deixava em seu trajeto as marcas sob a neve fofa. Seu sorriso convicto era resulto do poderio que este ostentava em suas mãos e cosmo, o medo não lhe era cabível, tão pouco a fraqueza lhe tinha por qualidade. Tendo em suas mãos os sagrados martelos de Mjöllnir ele caminhava para a vitória.
"Divina Hilda, esses fracos cavaleiros não entendem seu desejo, pois vivem debaixo da graça divina... Mas sob a vontade de Odin nós nos livraremos dessa pena!"-Pensou o Guerreiro.
Os ventos traziam consigo as súplicas daqueles que intercediam por sua vida. Jubiloso seu cerne externava o exulto em pensamentos promissores. Entretanto sua face auspiciosa permutou à indagadora quando um brado feminino transpassou o canto do gear, pela ousadia não tardou em concluir do que se tratava.
- Vejo que outro cavaleiro não se atreveu a vir até Asgard e dessa vez mandaram uma frágil mulher! Covardes... – Sorriu – Já adianto... Poupe seus esforços, nem mesmo os valorosos cavaleiros de Ouro serão oponentes para nós os guerreiros deuses de Asgard!
Enojada, Jully recebeu o comentário do gigante asgardiano. A opugnação que a acometeu por ele fazer referência à sua condição feminina igualava-se a fúria de um deus quando afrontado por um humano. Encarava-o por sob os olhos metálicos. O verde de suas íris adquiriu uma cintilação colérica, intensificada por ela avistar Pegasus desfalecido na montanha nevosa.
- Quanta insolência... não pense que por eu sou uma mulher, sua vitória é garantida... talvez essa neve enfeitem seu corpo no caixão!-Disse Jully.
Cerrou os punhos. Flexionou as pernas. O movimento de seu corpo avisava um ataque iminente.
- Morra, maledetto...-Disse Jully.
Seu corpo tomou impulso forte em direção ao corpo colossal. O braço, em riste e as mãos enconchadas para ressaltar as garras notáveis.
- Garras de Trovão!-Gritou Jully o nome de sua habilidade.
Aos poucos a figura que pronunciou palavras afiadas contra o guerreiro deus surgia por entre o branco nevoso. Com um olhar desinibido o gigante peregrina pela silhueta esbelta da delicada jovem que apesar da débil aparência externava sentimentos alheios aos pensamentos do nórdico que conservando um sorriso escárnio ouvia as contestações à sua veraz colocação. Por alguns instantes, estupefato, sua face perdera o garboso brilho irônico ao perceber a atitude fugaz da mulher cavaleiro que se curvando á uma postura ofensiva proferia o que para a mesma seria a derradeira colocação.
-Não perca seu tempo! Não adiantará lutar contra mim o guerreiro deus de Asgard Thor de Phecda, a Estrela Gama!...
Fincou as extremidades afiadas de suas armas mágicas na neve quando a energia da mulher cavaleira, apesar da máscara que lhe encobre o rosto não permite ver seu real aspecto, mostrava sua raiva. Sob as dimensões do sétimo sentido denotava cada movimento executado pela cavaleira que apesar da destreza, não apresentaria nenhum risco ao colossal servo de Odin que com um ágil movimento girou seu corpo em 90° à direita, esquivando-se por completo das garras afiadas da inimiga.
- Então que venha! Porém sua lentidão custará um preço!-Disse o guerreiro.
Em resposta, cerrou o punho concentrando neste uma alva camada cósmica e no momento em que ele se virou, sem delongas para segundos pensamentos, desferiu um impactante soco, juntamente com um brado ofensivo em direção ao estomago da mesma.
- Hilda me abençoou com a sagrada armadura dos guerreiros deuses! – Tomou para si os martelos – Lutarei por ela, por Odin e Asgard não importando qual for o inimigo, até mesmo se tratando de uma mulher! Não terei piedade de alguém que luta pelo Santuário! Para mim é como um inimigo qualquer!
Abaixou o braço após perceber que cortara o ar. O asgardiano desviara de sua técnica com destreza. Imediatamente, virou-se na direção que ele se posicionou. Encarou com fúria mascarada a feição nórdica e o sorriso ladino desenhado.
"Desgraçado..."
Escutou sem muito interesse a apresentação dele. Poupou-o da sua. Jully almejava aniquilá-lo. Carminar a candidez da neve com o sangue escandinavo.
- Sua petulância que custará caro! Não pense que terá vantagem com seu tamanho! Venha, me ataque, gigante imbecil!-Disse Jully.
Posicionou-se novamente. Na verdade, não aguardava uma investida tampouco uma resposta mas sim preparava-se para derruí-lo naquela mesma fração de segundos. O desvio não fora, para ela, a passo mais louvável que já contemplara. Desconsiderava-o como um adversário à altura.
- Não quero levar a safira comigo sem dar-lhe um pouco de sofrimento!-Disse Jully com determinação.
Algo além dos seus sentidos regulares a fazia almejar a tortura do algoz. Tal qual a simbologia de sua constelação, suas palavras carregavam o veneno de uma serpente e seu cosmo, o orgulho de uma mulher-cavaleiro. Cosmo esse que embebeu o corpo galgaz de luz violácea, intensificando-se aos poucos. Desatou a correr outra vez em direção ao oponente, com o punho esquerdo estirado.
Vã atitude. O golpe que objetivava acertar fora mais rápido na mente adversária. Logo seu estômago recebeu o murro da imensa mão fechada. Gosto de sangue na boca. Parecia uma tritura em seu estômago.
Foi de encontro ao chão. A neve a gelar-lhe as costas. Por segundos, permaneceu tombada a fitar o rosto de Thor. Vira-o tomar nas mãos uma ferramenta. E novamente fazer menção à sua condição de mulher. Impetuosa, ergueu-se:
- Imagino o quão humilhante seria você perder a sua vida nas mãos de uma mulher... mas é o que acontecerá! Por Athena.... morra, Thor!-Disse Jully.
Como se um sopro divino a empurrasse, Shina saltou com a perna direita esticada, tencionando chutar a face de Thor.
O pano cândido fora leito daquela que com impugno ousou enfrenta-lo, brevemente serviria de mausoléu, assim sondava os anseios do guerreiro deus. Entretanto admirou-se ao contemplar o valor que esta possuía quando não se rendeu e com a mesma destreza de outrora rompeu os ventos com a perna eriçada para um chute certeiro na face do guerreiro Deus.
"Ela tem a mesma insistência do cavaleiro de Pégaso..."
O vassalo de Hilda levou os braços à fronte, de forma que seu antebraço lhe cobrisse toda a silhueta de seu rosto, formando um “X”. O chute da mesma acertou-lhe o meio dos mesmos fazendo com que o gigante deixasse o traço de seu recuo,forçado no solo. A defesa fora bem sucedida, porém algo perturbava seus pensamentos ao denotar tanta semelhança com o último cavaleiro que este enfrentara.
- Essa é toda a força dos poderosos santos da deusa Athena? Fracos... Vou lhe mostrar o que realmente é um poderoso chute! MORRA!
Num salto estridente sua energia se formava contornando seu corpo numa áurea opulente que aumentava gradativamente para o apogeu de seu cosmo. Com a perna eriçada ia em direção da cavaleira num ataque de chute preciso. O pacato lugar que só se ouvia o sopro dos ventos agora se tornava palco de um brusco prélio de ideais.
Outra defesa. Jully havia ido certeiramente na direção do rosto de Phecda mas esse, com o auxílio dos braços cruzados defronto à face, deteve-a. O salto agulha das botas gregras cravaram o vácuo que formou-se entre seus braços.
Com uma pirueta no ar, Jully regressou ao solo de neve. Estática. Corpo levemente arqueado. O cosmo iroso ainda a enfeixar-lhe.
"Seu cosmo emana coragem e agressividade... características perfeitas para uma luta... mas não será páreo para mim!"-Pensou Jully.
A constação mental fez com que a sórdida ironia de Thor soasse surda. Mas regressou à realidade quando toou o grave "morra".
A sola da armadura de Thor estava muito próxima a Jully. O próximo passo, antes que ele lhe acertasse, foi segurar-lhe a perna com vigor, cravejando nela a garra colossal.
-Grande em tamanho e em estupidez...-Disse Jully.

Para torturá-lo, girou-o por três vezes. Logo arremessou-o contra uma montanha oposta à que Seiya se encontrava.
-Vá para o inferno!-Disse Jully.
Thor, detentor dos sagrados martelos de Mjöllnir eu vos abençoo com a armadura sagrada dos deuses de Phecda, a Estrela Gama – Ao lembrar-se das palavras proferidas por sua deidade amada, as imagens do dia em que fora concebida a ele tamanha confiança culminavam sua mente. Para o gigante, guarnecer aquelas terras era como um pacto sagrado com os deuses, uma incumbência que carregaria até a penumbra de seu sepulcro, pois como nota haveria de requisitar: Jaz aqui o valoroso guerreiro de Gama.A prole do nórdico manchou o alvo solo asgardiano. Uma fraca dor o fez voltar à realidade, denotando que as garras da amazona contestavam suas ideias da fragilidade da mesma. Por sorte, sua sagrada armadura tornou sua pena pelo desdém amena. Por alguns instantes urrou ao ser girado algumas vezes pelo ar, quando caiu em si estava soterrado pelos sobejos de uma parede de gelo.
- Já Chega!-Gritou o guerreiro.
Levantou-se de imediato jogando os pedregulhos para os lados. Ao eriçar seus braços para os céus o brilho de seus martelos cintilou com o fraco reflexo do sol no metal nobre. Chegar-se-ia a hora de dar por fim aquele embate sem fundamentos e cumprir com seus objetivos.Finalizar os invasores que ousaram ir contra a grandiosa Hilda.
- Acha mesmo que algo tão simples poderia derrotar o poderoso Thor? Essa luta se encerra aqui! – Bufou raivoso – Hilda vencerá essa guerra!
Os martelos cortaram os ventos gélidos sob uma velocidade dalém das capacidades comuns. Rodopiavam criando até mesmo redemoinhos por tamanha brutalidade. Com sua mágica, seguiam em direção ao seu único alvo como leões ferozes e famintos em busca de suas presas. Se errassem tornariam enganosos para um segundo ataque.
Jully viu que não podia desmerecer Thor como rival. Mas de todo, não encontrava exultante dificuldade ao duelar com ele. Arremessara seu corpo contra uma das colinas de gelo presentes e viu que, com o peso depositado, alguns pedaços sofreram fissuras. Um golpe simplório como esse não encerraria a luta. Não faria bem para o orgulho de ambos. E então Jully o esperou estática com as mãos cerradas para o prosseguimento.Seu cosmo ainda ardia ao redor do corpo e a adrenalida que corria sem suas veias intensificavam a eletricidade que ela conduzia.
Exasperado, Thor se reergueu. Enalteceu o próprio poder. Nada que surpreendesse Jully, já que não esperava dele menos que essa íngreme resistência.
Braços erguidos. Portava nas mãos dois martelos azuis.Jully perguntou-se qual seria a finalidade daquela ferramenta, mas não tinha dúvidas quanto ao seu vínculo a alguma técnica. O ato seguinte comprovou-o. Logo Thor fincou-os no chão nevasco. Começaram-se velozes movimentos giratórios que fendiam o solo de maneira brutal. Avançaram céreles na linha de sua direção. Tão rápido que Shina mal conseguia acompanhar. A neve local abruptamente se desmantelava e no pensamento de Jully, apenas uma pessoa.
Deu às costas ao oponente, traçando desabalada carreira em direção a Seiya. Ainda estava deitado na montanha oposta. Antes que os martelos os tocassem, Jully conseguiu alcançar o amado. Segurou-o vigorosamente pela cintura, colando o próprio corpo ao dele. Extraiu-o da montanha quando as ferramentas vieram a flagelá-la.
Resvalaram colados pelo solo que ainda não havia sido desmanchado. A proximidade dos corpos manteve-se para ela momentamente indiferente, já que o raciocínio prendia-se novamente em Thor.Escondeu-o detrás de um pedaço de gelo a metros distante. Olhou-o mascaradamente. O brilho dos seus olhos conseguia permear aquele metal embaçado pela brisa invernal de Asgard.
"Derrotarei Thor e conseguirei a Safira que está com ele, Seiya... por Athena e por você."
Os Sagrados martelos rodopiavam enlouquecidos para saciar os desejos de seu mestre. Firmes criavam em seu caminho redemoinhos cortando tudo o que contra eles se puserem. A mulher cavaleiro percebendo o brusco movimento se colocou a correr em sentido oposto. Thor estreitando os olhos apenas sorriu, não havia escapatórias, as sacras armas não cessariam seu marchar enquanto não cumprissem o desejo do feitor
Num rápido movimento a guerreira pegou Seiya – ainda inconsciente – saindo da linha que se dirigia os vorazes martelos, os mesmos esmiuçaram o rochedo próximo em migalhas, afinal, até mesmo as eternas geleiras perecem ante a impetuosidade destes. Voaram para o distante enganosos em sua missão. Célere ela volveu em sua direção, seu rosto tapado pela máscara prateada não deixava o asgardiano ter certeza de seus sentimentos, porém seu cosmo revelava sua ira. o Guerreiro apenas sorria com a queda que estava eminente, o tempo passava e logo Athena morreria, o mundo estaria nas mãos de sua divindade.
- Você acha mesmo que os sagrados martelos de Mjöllnir descansarão enquanto não abaterem suas vitimas?-Disse o guerreiro.
Dos ventos brancos os reflexos do azul fosco de suas armas, outrora perdidas, apareciam no horizonte novamente fazendo seu caminho para obliterar o inimigo
Jully incumbiu o solo escandinavo de proteger momentaneamente o corpo inerte de Seiya, desfalecido devido ao golpe de Thor. Os martelos que o Guerreiro Deus manipulava deterioravam todo o empredrejamento glacial ao redor, tanto é que Jully não preocupou-se em defender-se ou em destruí-los; apenas em manter intacta a integridade de Seiya.
Deixou-o em um lugar apartado, ciente de que Pegasus estaria são. Mas no regresso ao confronto, Thor permanecia ali, irreverente em sua estatura, personalidade tão estrídula quanto o tinido dos seus martelos mortíferos.
Olhou-o desdenhosamente, tendo esse mesmo olhar em retorno. Sentia que ele queria desvendar-lhe a feição. Mas o cosmo respondia por esse enigma. Thor ratificou a eficácia dos martelos que não se absteriam de destroçar as vítimas, levasse o tempo que fosse.
Nada que Jully já não houvesse imaginado.
- Seja uma presa do próprio ataque então, Thor.
Outra vez, o mundo interior manifestou-se em seu corpo em forma de luz incadescente. O cosmo ardente contrastava com o gélido ambiente do recinto asgardiano, tão logo a luz de suas garras eletrocutariam o perímetro.
-GARRAS DA SERPENTE!-Gritou Jully.
Com a mão direita elevada, de seu braço e dedos emanavam raios fulvos que faziam uma chuva de eletricidade por todo o local. Cosmo cada vez mais elevado. O guerreiro Thor ja estava muito cansado e quase sem energia e foi ai que Jully se aproveitou desferindo seu ataque o fasendo cair, pegando-lhe sua safira.
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Mensagem  Ryu de Sirene Ter Set 11, 2012 3:57 pm

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Mensagem  Jully de Serpentário Ter Set 11, 2012 6:55 pm

O Santuário, antes imponente com suas belas construções, agora se resumia a ruínas. A Guerra Santa havia consumido não só muitas vidas como também as instalações onde Athena e seus guerreiros viviam.
Felizmente, Athena mais uma vez conseguiu parar os planos de Hades, mas não sem pagar um preço muito caro: a vida de quase todos os seus santos dourados.
De qualquer forma, a vida continuaria, e, em tempos de paz, tudo pode ser reconstruído. Athena, na sua categoria de deusa, conseguiu libertar as almas de seus cavaleiros (aprisionadas por se rebelarem contra os demais deuses) e ressuscitá-los.

[Hoje]
Esta era mais uma tarde quente, típica da região.
Conforme o combinado entre todos os cavaleiros de Athena, Miro, assim como os demais cavaleiros de ouro, era responsável pela reconstrução de sua casa zodiacal. Dirigiu-se para lá e no caminho encontrou algumas amazonas(Até mesmo as de ouro) carregando entulhos e trabalhando, da mesma forma que os demais homens do Santuário.
Era de conhecimento geral que as amazonas do Santuário jamais tiveram um tratamento especial por serem mulheres, mas Miro, ao ver aquelas garotas arrastando e carregando pedras de todos os tipos e tamanhos, deixou seu instinto masculino falar mais alto.
Os tempos agora seriam outros, e na visão do cavaleiro de Escorpião, não era mais necessário que aquelas garotas fossem vistas como homens. Com o coração muito nobre, por mais que muitas vezes isso fosse confundido com outras qualidades, Miro logo dirigiu a palavras às amazonas que trabalhavam no local, tão esforçadas.
-Calma garotas, não há mais necessidade de tanto esforço. Descansem, pois eu e mais alguns rapazes faremos esse serviço pesado. -Disse Miro.
Não era intenção do cavaleiro duvidar da capacidade física daquelas amazonas, mas mesmo assim muitas delas colocaram as mãos na cintura e resmungaram alguma coisa, mostrando sua indignação com o pronunciamento do dourado.
Miro balançou a cabeça levemente e deixou um meio sorriso tomar seu rosto. A necessidade que aquelas amazonas tinham de mostrar que eram fortes chegava a ser divertido. Tirou seu elmo e olhou ao redor. Teria muito trabalho a fazer. Começou a esquematizar em sua mente uma estratégia para reconstruir aquele lugar, mas os pensamentos foram interrompidos quando seus olhos encontraram aquela amazona inconfundível, que sempre causara nele uma espécie de incômodo.
“-Uhmpf! Aposto que nem dormindo ela deixa de ser irritante.” –Pensou Miro.
Jully aproximou-se a tempo de ouvir o cavaleiro de Escorpião dispensar o serviço das jovens amazonas. Ao contrário delas, não expressou descontentamento, mas caminhou até próximo das outras garotas, confirmando o que o dourado acabara de dizer:
- Ele está certo, meninas... Poupem seus esforços, logo terão uma missão muito mais importante e adequada do que ajudar na restauração dessa casinha. Voltem para o acampamento que logo faremos uma reunião. Tenho ótimas novidades...-Disse Jully.
Ela então deu um risinho irônico por debaixo da máscara, observando as amazonas pouco a pouco, abandonarem seus postos, acatando de bom grado a ordem da amazona de ouro.
Jully então se voltou para Miro, observando o olhar de escárnio que o mesmo lançava para ela. Por baixo da máscara, sua expressão era compatível com a dele.
-Você é um porre, nem o inferno te aguentou...!-Disse Jully.
- Sabe Miro, um dia... não hoje... Você vai me pegar em um dia ruim e me olhar torto igual sempre faz... E eu não vou conseguir segurar e vou acabar enfiando a mão na sua cara.-Completou Jully.
Então ela se aproximou mais dele, sem transparecer hostilidade alguma.
- Mas hoje eu estou felicíssima. Só não estou mais feliz e satisfeita por um detalhe mísero... Você!-Disse Jully.
“-Casinha?”-Indagou o cavaleiro de escorpião.
Miro já não lembrava mais por que ele e Jully tiveram a primeira discussão, mas lembrava muito bem que todas as vezes que a amazona cruzava seu caminho, ela lhe proferia palavras agressivas.
Obviamente o cavaleiro de Escorpião nunca se preocupou com isso, vide a diferença de poderes entre ele e a amazona em questão. Em certos momentos, até achava divertido discutir ou trocar “elogios” com ela.
Mas dessa vez era diferente. Miro não estava com paciência para as interpretações equivocadas que Jully fazia sobre seus olhares e palavras. Queria terminar logo de ajeitar aquele monte de entulho e erguer novamente a bela Casa de Escorpião.
-Aah... então você está feliz Jully. Fico contente que você finalmente tenha encontrado um herói para dormir contigo.-Disse Miro ironicamente.
Jully apertou os dentes ao ouvir a provocação de Miro. Teve certeza que naquele momento, estava hipertensa.
Podia sentir o coração bater furioso em seu peito. Os olhos brilharam através da máscara. Se tivesse uma metralhadora, descarregaria todo o pente em Miro.
“-Herói? Ele está falando que eu sou feia, que eu sou um dragão??”-Questiou Jully furiosa em pensamentos.
Ela cerrou os punhos e foi na direção dele, pisando duro feito um rinoceronte. Espalmou a mão sobre o peito dourado da armadura de Escorpião e o empurrou com raiva para trás.
- Ficou com inveja? Não conseguiu um herói pra te deixar feliz hoje? Sabia que essa tua cara azeda era falta de algo!-Disse Jully.
Jully ri, apoiando as mãos na cintura... Mas estava tremendo de raiva
Miro deu um passo para trás ao ser empurrado por Jully. Ser empurrado não deixava Miro nervoso, mas ver Jully rindo sim. Ele gostava mesmo era de ver ela nervosa, sem aquela pose altiva e cheia de si.
-Vou te mostrar quem precisa de algo...!-Disse Miro.
Aproximou-se de Jully novamente, sério.
-Não gosto muito de homem não, mas tenho que confessar que essas mulheres do Santuário estão perdendo a graça.- Disse Miro.
Parou a poucos centímetros da amazona de Serpentário, olhando para a região da máscara onde estariam os olhos.
- Quem sabe você ajuda a resolver o meu problema? – disse abrindo um belo sorriso.
Jully sentiu na expressão de Miro que o havia incomodado de verdade. Deixou que ele se aproximasse o quanto quisesse, se mantendo em sua posição feito uma estátua. As mãos continuavam na cintura, mas os dedos da mão direita tamborilavam em seu quadril demonstrando sua impaciência:
- Ahh... Sabia que você tava variando o cardápio. Eu sempre soube... E quem é o coitado que tá apagando o seu fogo, hein? O Camus?-Perguntou Jully em um tom irônico.
Quis esquivar-se da nova aproximação, mas continuou firme. Com a proximidade, ele poderia notar que ela usava um perfume de jasmim, bastante delicado. Embora ela fosse bem menor que ele, erguia o rosto para tentar intimidá-lo e sustentar o olhar do Escorpião.
Mas ao ouví -lo sugeri que ela poderia “tentar resolver” o problema dele, Jully emitiu um ruído muito parecido com um rosnado. Ela então deu-lhe as costas, decidida a ignorar a proposta infame.
Mas parou no meio do caminho e voltou até ele, bufando
- E você acha que eu ia perder meu tempo com tão pouco, Senhor Velocidade da Luz!? Só ouvi comentários péssimos sobre seu desempenho!-Disse Jully.
Ela riu novamente, mas se recompôs rapidamente ao seu nervosismo característico, esbravejando, enquanto fechava o punho e o lançava com violência em direção ao rosto do cavaleiro de ouro:
- MORRA MIRO.-Gritou Jully.
Miro percebeu a irritação e a tentativa da amazona em acertar-lhe, mas enfurecido com o comentário sobre seu desempenho sexual, usou toda a sua velocidade para agarrar o punho de Jully.
- O que você disse?-Disse Miro enquanto segurava o punho de Jully.
Ele não tinha muito medo da amazona de Serpentário. Sabia que ela era forte, provavelmente a mais forte entre todas as amazonas e muito mais poderosa que muito cavaleiros cavaleiros de ouro. Mas Miro era o cavaleiro de ouro de Escorpião e dessa vez, o comentário de Jully tinha passado do limite.
Puxou Jully com violência para perto dele e com o seu braço livre, agarrou a cintura da amazona, prendendo também o outro braço dela perto de seu corpo.
- Cuidado com o que você fala, Jully.-Disse Miro.
Falava perto do ouvido de Jully, num tom quase de ameaça. Miro não sorria mais, apenas segurava a guerreira com muita força perto de seu corpo.
- Tome muito cuidado com o que você insinua sobre mim. Se continuar com essas histórias, vai ter que tirar a prova. –Completou Miro.
Jully deixou que ele a apertasse junto dele e sabia perfeitamente que seu último comentário havia pisado na honra do escorpiano tanto quanto ele gostava de fazer com ela.
Conteve a reação inicial depois de ouvir as palavras dele, notando que havia encontrado um meio de desestabilizá-lo e que precisava explorar melhor o “orgulho ferido” do cavaleiro.
Por trás da máscara, um sorriso traiçoeiro surgiu em seu rosto. Ela não tentou em momento algum se livrar da imobilização imposta por ele, pelo contrário, pareceu deixar que seu corpo ficasse completamente solto nos braços dele. O perfume da amazona envolvia ambos, como um suave veneno.
Jully observava o ritmo cardíaco de seu adversário, mimetizando o seu próprio para enganá-lo.
Assim ela respirou fundo, sussurrando pra ele
- Então prove... Prove que são só especulações. Mas sinceramente, eu acho que você não é herói o suficiente pra mim... Nunca vai ser, Miro.-Disse Jully afim de pisar na honra do escorpião.
”-Você gosta de jogar sujo, Miro... Vou te dar o que você merece, seu desgraçado!”-Gritou Jully em pensamentos.
Após terminar sua fala, a amazona de serpentário começa a roçar a perna direita junto à dele, o som do tecido da polaina no metal da armadura, subindo até a cintura do Escorpião lentamente... Feito uma serpente envolvendo sua presa.
Era para ser mais uma brincadeira. Ela deveria ter ficado furiosa e tentando se soltar dos braços do cavaleiro de Escorpião, enquanto ele quase enfartaria de tanto rir.
Mas o “tiro saiu pela culatra” e agora o cavaleiro estava lá, quase congelado. Não conseguia acreditar que finalmente Jully tinha cedido aos seus encantos.
Não podia ser verdade, ainda mais dizendo que ele jamais seria “herói o suficiente”.
“-Essa cretina só pode estar de brincadeira...”-Pensou Miro.
Miro tremia, completamente sem paciência. O estranho é que ele adorava perder a paciência com Jully. Sentia uma espécie de prazer em se irritar com a amazona. E irritá-la também.
Não poderia deixar a brincadeira terminar, com Jully sendo a vencedora.
E aquela perna dela estava realmente a ponto de fazê-lo perder a elegância.
“-Ahhh garota, você não sabe com quem está lidando...”-Pensou Miro.
Miro baixou sua cabeça e respirou fundo, muito próximo ao pescoço de Jully. Quase colou sua boca no ouvido da amazona e disse num sussurro:
- Só vou provar alguma coisa ou acreditar em você quando essa sua máscara cair. Aí você vai conhecer quem realmente é o Miro.
Terminadas suas palavras, o cavaleiro soltou Jully e a afastou, sem nenhuma cerimônia. Virou-se ficando de costas para ela, dando alguns passos. Tremia. Alguma coisa teria que ser quebrada em mil pedaços, alguém teria que aparecer para ser seu saco de pancadas, ou ele iria pirar
- Agora some da minha frente que preciso arrumar essa bagunça. – gesticulou, mostrando o monte de entulhos que antes eram a Casa de Escorpião.
Jully deu uma sonora gargalhada quando Miro a afastou de si. Finalmente ela havia descoberto um modo de tirar o Escorpião de seu eixo, após milhares de outras tentativas falhas.
Ela o observou recuar, transtornado. Sabia que o tinha atingido no ponto mais frágil e aquele jogo de ironias ficava cada vez mais interessante para ela, uma vez que se sentia vitoriosa.
Jully sempre gostou de brincar com o perigo
- Está com medo de mim, Miro?-Perguntou Jully.
Então a amazona ignora o pedido nada gentil para que ela se retire, dando a volta no cavaleiro, ficando frente à frente com ele:
- Logo seremos vizinhos, sabia? Acho melhor você baixar sua bola, se não vou ter que te colocar no seu lugar, herói.-Disse Jully.
Jully diz entredentes, cheia de ironia.
Ela então se aproxima mais, colocando a mão sobre a própria máscara, soltando-a do rosto. Ela a deixa a menos de um centímetro de rosto e abaixa, revelando apenas seus belos olhos verdes para o cavaleiro de Escorpião.
-Minha máscara não precisa cair para eu saber quem você é, Miro... Você é só um inseto covarde e arrogante, que gosta de falar muito e fazer pouco. -Disse Julyl afim de tira-lo do sério.
A amazona dá uma piscadinha, antes de encaixar a máscara no rosto novamente.
E ela ri novamente de uma forma debochada, dando as costas à ele, com um ar vitorioso:
- Agora limpe essa bagunça. -Disse jully.
Apontou para o monte de entulho, em um tom imperativo enquanto começava a se afastar.
Ah sim. Miro não poderia ter imaginado olhos mais belos para aquela cretina. Jully era uma verdadeira paradoxo: curvas, perfume e olhos muito sedutores, dignos de uma mulher maravilhosa. Mas em contrapartida, o gênio, a força e a grosseria eram os mesmos de um homem das cavernas.
O cavaleiro de Escorpião não se conteve quando a amazona lhe dirigiu a palavra, ordenando que ele arrumasse o que antes era a Oitava Casa.
- O QUÊ? -Indagou Miro.
Nesse momento, a raiva e a indignação de Miro passaram para outro nível. Agora ele ria descontroladamente da petulância da garota.
- Há... haha... hahahahahaha... AAAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!
... aiai... Jully, Jully... você é realmente muito boba.

Miro pegou o braço da amazona e virou-a, ficando cara a cara com ela. Sua unha escarlate encostava, ameaçadora, embaixo do queixo de Jully.
- Então, além de tudo também sou um inseto covarde e arrogante. Bem... interessante ouvir isso de uma cobrinha que rasteja por aí, achando que é uma grande predadora e que pelo jeito não pega ninguém. Ouça garota:
Segurou forte o queixo de Jully. Não queria perder o controle, mas estava sendo bastante difícil.
- Você sabe muito bem que eu posso quebrar essa sua máscara em mil pedaços a hora que eu quiser. Outro detalhe: Eu não sinto nada por você Jully. NADA. Jamais conseguiria mostrar quem eu sou, na cama ou em qualquer lugar fora do combate. -Disse Miro.
Era mentira, principalmente a parte em que Miro não sentia nada pela amazona. Mas ele não se importaria de mentir para magoar a cobra que lhe despejava tanto veneno. Jully já esperava pela reação agressiva de Miro. De certa forma, já havia se dirigido à ele daquela forma justamente com essa intenção.
Sentiu os dedos do cavaleiro se apertando em seu braço e o puxão bruto.
A príncipio, ficou em silêncio enquanto ele se dirigia à ela ameaçando-a com a agulha escarlate em seu queixo. Enquanto ele falava, podia se sentir a elevação súbita do cosmo da amazona.
- É melhor tirar o seu ferrãozinho de mim... E nem mencione minha máscara, seu... Seu... -Jully -se procurando uma palavra
Jully energizou rapidamente seu corpo, inicialmente gerando pequenas descargas elétricas que corriam pelos seus punhos. Não terminou de dizer sua ofensa, tamanha raiva sentia por ele ter ameaçado romper sua máscara. Sua posição inicialmente tranquila e vitoriosa transformou-se rapidamente na mais genuína fúria que Miro já vira naquela mulher.
- Só há dois motivos para você quebrá-la. Querer a mim, ou querer a morte... Penso que você não quer nenhum dos dois, cavaleiro. -Disse jully
Como em uma explosão, a amazona de serpentário emitiu uma descarga elétrica poderosíssima em torno de si e em direção à Miro, na intenção de eletrocutar o cavaleiro de Escorpião.
Ao longe, dois sentinelas do Santuário observavam a luta, conversando baixinho entre si:
- Parece que dessa vez a briga é mais séria, será melhor avisar o Mestre?
O outro sentinela deu de ombros, sem se importar muito:
- É hoje que eles se pegam de jeito...

“Droga!”
Miro sentia o cosmo da amazona se alterando, mas jamais pensou que tivesse a irritado ao ponto da mesma tentar atacar ele daquela maneira. Não fora uma boa ideia subestimar a loucura de Jully...
Com toda sua velocidade, tentou saltar para trás, tentando desviar o golpe, mas mesmo assim esse lhe pegou de raspão, desequilibrando o cavaleiro e o fazendo cair.
- Aaah... sua cretina...!-Gritou Miro.
Sua armadura dourada e seu cosmo poderoso não deixaram o golpe de Jully fazer grandes estragos. Mesmo assim, Miro ainda sentia a dor e a tensão nos músculos de suas pernas, onde o golpe tinha lhe acertado.
Levantou devagar, sentido aquela dor incomodativa em seus músculos. Mas o que realmente estava ferido era o orgulho do cavaleiro... e agora ele estava enfurecido, louco para fazer sua oponente sofrer.
“-Você vai se arrepender por cruzar DE NOVO meu caminho...”-Pensou Miro.
A unha do dedo indicador de Miro tornou-se longa e um brilho escarlate cobriu-a. Iria fazer Jully chorar e lhe implorar piedade.
Lançou-se em direção á amazona e uma linha vermelha se formou em direção a uma das pernas dela.
- Grrr!!!-Gritou Jully.

Não pode conter um riso de satisfação quando viu que o cavaleiro de Escorpião havia recebido uma boa parte de sua descarga elétrica. Sabia que a velocidade dele, acrescida da proteção que a armadura dourada oferecia, amenizaria bastante o impacto do golpe, mas ainda assim, deveria doer.
Mas nunca, em seus mais secretos desejos, Jully imaginou que derrubaria o cavaleiro de Escorpião. Ver aquela cena a inflamou por dentro, ela havia ganhado o dia. Era melhor que comer chocolate num dia frio, enrolada no edredom.
Imaginou o quanto o orgulho dele estaria ferido depois de desequilibrar-se diante dela.
“-Acho que ele não esperava por isso... Confesso que tenho medo da retaliação...”-Pensou Jully.
Embora quisesse brincar com a situação, Jully mordeu a boca para não rir novamente. Estava tensa.
E quando Miro levantou lentamente, Jully pode observar a expressão transtornada de Miro. Nunca havia visto estampada no cavaleiro de Escorpião, tamanha raiva. Quando o viu erguer o indicador contra ela, imediatamente um calafrio percorreu sua dorsal
“-Não acredito que ele vai usar a Agulha Escarlate em mim..!' Eu só estava brincando... Era só pra irritar...”-Pensou Jully.
- Miro..!?
Quando Jully tentou se mover para se esquivar, a agulha já a tinha atingido. Ele posuía uma velocidade realmente impressionante, pouco restava à amazona a não ser receber o golpe e manter-se dignamente diante dele.
No primeiro segundo a amazona sentiu um imenso calor no músculo da coxa esquerda e depois uma dor intensa, insuportável, que a fez cair ajoelhada imediatamente:
- ARGH... SEU...ANIMAL!!! VAI PAGAR POR ISSO!!-Gritou Jully.
A garota diz cerrando os dentes, enquanto estancava o ferimento com a mão.
Não acreditava que ele teria sido capaz de usar aquela técnica sádica contra ela. Só desejou de todo coração que ninguém estivesse vendo aquilo...
Ao ver Jully de joelhos, Miro sentiu-se vingado. Uma espécie de alívio tomou conta de seu corpo. Ia sorrir, mas ouvir a amazona lhe chamar de... animal?
“-Animal?... ANIMAL???”-Questionou o escorpião.
Foi como um balde de água fria. Afinal, o que ele estava fazendo? Tinha aplicado na amazona uma de suas melhores técnicas só porque ela havia ferido seu orgulho. Agiu como se não fosse um adulto, um guerreiro respeitável. Agiu como um animal.
- Por Zeus Jully, o que estamos fazendo?-Disse Miro.
Deu alguns passos até aproximar-se da amazona, ainda sentido dor em suas pernas.
- OK, exagerei. Mas você também einh? Pessoa irritante. NUNCA MAIS tente me matar, certo? Que inferno, minhas pernas estão um orrivéis. – Disse Miro.
Agachou-se para ficar na mesma altura em que estava a amazona e lhe estendeu a mão, ainda com a unha escarlate.
- Argh. Bem, lhe proponho uma trégua, antes que acabemos nos matando. Vamos, eu lhe ajudo, nem dói tanto assim. -Disse Miro.
Jully respirou fundo, olhando para os lados, certificando-se de que não havia mais ninguém ali por perto.
A garota mantinha os dentes cerrados e a sua perna doía tanto que dava vontade de cortá-la.
- O que estamos fazendo? Eu estou me defendendo! Você sempre me critica, me olha feio, me destrata! Você me trata como se eu fosse um vira-latas sarnento!
-Desabafou, enquanto ele se aproximava ainda falando com ela. Então ela ri pra ele, de forma sincera daquela vez:
- Ha, você achou que eu estava tentando te matar com um golpe tão simples? Ah Miro, se você morresse com um choque daqueles é porque não faz jus à sua constelação... Pelo amor de Zeus, deixa de ser ...!-Disse Jully.

Então a mulher o escuta propor uma trégua e oferecer-se para ajudá-la.
- Não dói em você, né... Trégua? Eu e você em paz?-Perguntou Jully.
Chegava a ser impensável, ela e Miro sem se estranhar pelos cantos do Santuário. Mas poderia ser uma oportunidade única, e Jully teve uma ideia enquanto observava o semblante do Escorpião encarando-a.
A garota então estendeu a mão e selou a trégua com Miro, acalmando seu cosmo furioso:
- Eu aceito... Mas só se me ensinar a fazer isso. Você pode me treinar...? Sim, sim, por favor? Nem que eu tenha que tomar o restante das agulhas e até a Antares!
-Disse docemente, num tom de voz que Miro nem sabia que ela poderia adotar.

A Europeia aguardou ansiosa pela resposta dele, a ponto de nem valorizar mais tanto a dor que sentia em sua perna.[/color]
Uma das sobrancelhas de Miro se ergueu, mostrando a desconfiança do cavaleiro. Era uma tortura falar com aquela mulher, ele não via se ela estava rindo da cara dele, se estava falando sério, se estava chorando, rindo...
- Aaah Zeus... –Disse Miro.
E o cavaleiro sentou no chão, segurando seu elmo. Não sabia mais o que fazer, pois, se ele risse da amazona, ela iria querer mata-lo de novo. Se ele dissesse que não treinaria ela, Jully iria querer mata-lo também. E depois todos no Santuário ainda tinham dúvidas do porquê Miro sempre brigava com Jully.
Irritado, cuspiu as palavras:
- E o que eu ganho com isso criatura?
- Você está é querendo me sacanear de novo não é? E eu propondo uma trégua. Hã. Queria ver você usando essa voz meiga para falar comigo sem pedir uma coisa absurda dessas. Cretina. – disse a última palavra num resmungo para si

A amazona esperava por uma reação mais agressiva de Miro. Mas ao vê-lo sentar-se à frente dela, com o elmo nas mãos, sabia que ele estaria disposto a negociar. Ela então sorriu, mordendo os lábios por detrás da máscara.
- Você me julga mal, sempre pensando que eu quero te enganar ou algo do tipo. E eu quero te propor um acordo genuíno. Não sou cretina o tempo todo... E o que você pode ganhar em troca... humm....
Ela então passou os dedos pelo queixo de sua própria máscara, pensando no que poderia oferecer a aquele cavaleiro, que ele já não teria.
Ficou pensativa por uns instantes. Fixou seus olhos verdes nos dele, maquinando algum plano para que ele não se esquivasse de treiná-la.
Sabia que devia ser cuidadosa, pois o homem que estava sentado à frente dela também era ardiloso e imprevisível. Mas não tinha uma máscara 'Poker Face' cobrindo suas expressões.
- Eu ousaria dizer que o fato de poder me infligir dor e sofrimento através do treinamento seriam o suficientes pra você topar... Mas bem, eu tenho como barganhar algo muito mais interessante com você.
Ela então inclinou o corpo para que ficasse mais próxima dele, falando baixinho:
- Você sabe que a sua moral tá bem baixa com as amazonas, né? Aquelas suposições que eu te falei realmente estão rolando por aí... A June, por algum motivo, está com raiva de você e saiu espalhando por aí que não funciona direito, que é pequeno, que é rápido demais... Que você é péssimo e não dá conta do recado... Tá me entendendo? Então... nessa eu sinto muito te informar, mas você não vai pegar mais ninguém... E você sabe que eu sou influente entre as meninas, não? Eu posso sair falando bem de você... Faço uma boa propaganda, consigo pra você a garota que quiser. Vão acreditar em mim e não na June.
Ela fez uma breve pausa, voltando a articular seu plano em seguida:
- Você pode ir me treinando à noite, as escondidas... E quando eu voltar de manhã, saio contando maravilhas de você e logo terá todas aos seus pés novamente. E modéstia a parte, eu cozinho maravilhosamente... Posso contrabandear uma bela massa e um bom vinho, sempre que quiser!!

Então Jully afastou-se um pouco, ainda sentada. Estava dando a ele tempo para pensar em sua proposta.
Miro estava realmente disposto a negociar. Sério, prestava atenção no que Jully tinha a lhe dizer. Aquela situação de “gato e rato” já estava cansando o cavaleiro. Oras, ele tinha mais o que fazer do que ficar lidando com uma amazona difícil que usava esmalte roxo e sapato amarelo.
Mas para a surpresa do Escorpião, Jully começou a lhe falar sobre o quão influente ela era e que poderia falar para todas as outras amazonas que ele tinha uma ótimo “desempenho” – ao contrário do que June espalhava por aí.
“-Não acredito que ela está falando isso...”-Pensou Miro.
Quando Jully parou de falar e afastou um pouco o rosto do dele, Miro ainda exibia uma expressão chocada em seu rosto. Continuou por mais alguns segundos olhando sério para a amazona, talvez esperando que esta começasse a rir dele ou lhe dissesse que era tudo brincadeira. Mas nada aconteceu.
E assim, quem começou a rir foi o cavaleiro.
- Pffhahaha...
Cobriu seu rosto com uma das mãos, tentando segurar uma gargalhada. Seu corpo todo vibrava enquanto ele tentava rir de forma discreta. Passaram alguns minutos até ele conseguir se acalmar e falar com Jully..
- Ora Jully... me dê um abraço... – e foi ao encontro da amazona, abraçando-a - ... dar uma desculpa dessas pra me dizer que você quer passar as noites comigo... ora, que linda... não precisava todo esse rodeio...
Ainda emocionado com sua conquista, o cavaleiro afastou um pouco a amazona.
- Já continuamos nossa conversa, eu só tenho que fazer uma coisa primeiro.
E saiu, em direção ao local onde as amazonas viviam.
- Vou fazer aquela camaleoa trocar de cor.
Jully pôs as mãos no rosto e vendo o escorpião sair do local, com uma voz baixa e cansada disse:
-Esse cavaleiro já está ficando chato... Não sei quando ele vai aprender!
(...)
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Mensagem  Ryu de Sirene Ter Set 11, 2012 7:40 pm

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Mensagem  Jully de Serpentário Qua Set 12, 2012 6:23 pm

(...)
RESUMO:

Jully impede Miro de ir ao acampamento das amazonas, argumentando que ele seria um "Asno" se atacasse June, uma vez que por sua reputação estar bastante prejudicada no meio feminino, ele seria chamado também de "agressor."
Também rebate a conclusão de Miro de que ela só queria dormir com ele, dizendo que estava muito bem cuidada e já tinha seu lugar cativo na cama de Aioria de Leão.
Argumentando que Aioria sim, era um homem de verdade.
-X-
[color=violet]-ASNO É VOCÊ!!!-Gritava o cavaleiro de ouro, enfurecido. Odiava aquela situação. Seu orgulho estava ferido e não podia fazer nada.
- Você se acha muito esperta, mas esqueceu que eu teria problemas com os outros cavaleiros de ouro, principalmente com Aioria.
Emburrado com a falta de alternativas para se sair bem sem depender de Jully que para ele, era um castigo virou as costas para a amazona e começou a jogar pedaços de pedra para o lado, limpando o local onde seria reconstruída a oitava casa zodiacal.
- Tá pensando o que? Mesmo que eu ensinasse minha técnica, você não teria poder suficiente pra causar o estrago que ela faz. Outra coisa: falava com uma pedra nos ombros como eu posso confiar em você? A hora que quiser, vai fazer como June, que ficou magoadinha só porque eu falei que não podia pedir para Athena torná-la amazona de prata. - Largou a pedra onde não atrapalharia a entrada para sua antiga casa. Bateu as mãos, se limpando. - Um bando de interesseiras, vocês amazonas. E não venha bancar a afendida que não sou só eu que penso isso de vocês.
Chutou uma pedra menor que estava no caminho, amaldiçoando aquele dia.

"Que inferno."
Jully manteve a compostura enquanto o dourado esbravejava. Era fácil notar que ele reagia mal sempre que se sentia acuado e ela estava o pressionando aonde mais doía.
- Sim, eu sou uma jumenta mesmo, de achar que você seria esperto o suficiente pra entender. Em primeiro lugar, eu não sou a garota do Aioria. Você sabe muito bem que ele é apaixonado pela Marin e eu gosto de...- Ela leva a mão até a boca imediatamente, interrompendo o que ia dizer e fingindo tossir em seguida - ...ahan, outra pessoa. E eu não gosto de compromisso e não sou dele, nem serei de ninguém.
Ela afastou algumas pedras pequenas com os pés, livrando aonde seria a entrada da casa de escorpião, pensativa.
- E eu tenho palavra... Um trato é um trato. Você me conhece bem. Se eu ficar irritadinha eu vou socar a sua cara. Não vou sair por aí armando nas suas costas, querido... Você é bem amargo, sabia? Cadê aquele cara cheio de si, todo tigrão, que gosta de pisar em mim? Tô com saudade...- Disse Jully irônicamente.
A amazona ri, debochada. Mas então ela dá a volta nele outra vez, meio manca por causa da agulha e do veneno que havia recebido em sua coxa.
Frente a frente, ela pousa as mãos nos ombros dele, segurando-o próximo dela:
- Só não aceito que me diga que não tenho poder o suficiente!-Disse Jully, baixo nos ouvidos de Miro.
E lança o joelho com violência contra a lateral do abdome do cavaleiro.
Defendeu-se rapidamente, batendo seu antebraço no joelho de Jully. Com a outra mão, segurou o pescoço da amazona, empurrando-a contra um resto de pilar, que ainda continuava de pé.
-Pára de me tentar garota.
Miro soltou a amazona, embora sua vontade era de torcer o pescoço dela. Não lembrava da última vez que uma "conversa" entre eles demorou tanto, já que quase sempre alguém chegava e impedia eles de se matarem. Infelizmente hoje, todos estavam muito ocupados, a não ser Jully, que pelo jeito, fora contratada para infernizar a vida do cavaleiro de Escorpião.
- Eu não sei mais o que fazer. Eu NUNCA me achei o "tigrão". Agora você... você fica aqui ao meu redor como um cachorrinho, latindo para ganhar atenção. Por que não desiste dessa idéia idiota?- Perguntou Miro.
Assim que falou a palavra "desistir", percebeu que a única maneira de se livrar de Jully sem ter que amarrar e amordaçar a garota, seria encontrar uma proposta que ela jamais aceitaria. Rapidamente, lembroou da máscara da amazona..
- Se bem que... -Miro sorriu - Eu te ensino minha técnica, mas com uma condição: comigo, você vai ter que treinar sem a máscara. E também vai ter que me prometer, sem a máscara, olho no olho, que não vai sair por aí ferrando com a minha vida, caso não goste do meu método de treinamento.
Novamente o sorriso estampava o rosto do cavaleiro, pois no seu entendimento ele conseguira vencer mais um "duelo".
Surpreendeu-se com o contra ataque do dourado. Sentiu seus dedos se apertando contra sua garganta de forma agressiva, e então o choque de suas costas contra o pilar. Naquele momento, enquanto ele a tinha em suas mãos, Jully chegou a considerar a idéia de desistir. Gostava de brincar com o perigo e irritá-lo, mas sentiu que aquilo já estava ficando perigoso demais. Se não estivesse protegida pela sua máscara, ele veria em sua expressão que estava realmente assustada.
Então ele a soltou. Sentir o chão sob os seus pés foi maravilhoso:
- Se eu fosse do tipo que desiste rápido, eu estaria aqui na condição de serva e não de defensora de Athena. Quando eu quis me tornar amazona também me disseram que era uma idéia idiota... Consegui porque eu fui o cachorrinho que ficou latindo no lugar certo, Cavaleiro de Escorpião.
A amazona ouviu a proposta dele, acompanhada daquele sorriso tão característico. Apertou os dentes e os punhos vendo que ele finalmente havia encontrado uma forma de encurralar e tolher seu desejo de apropriar-se daquela técnica poderosa. O que ele lhe pedia era demais para que ela pudesse aceitar.
Mas ela não podia sair dalí de mãos vazias, derrotada. Levou a mão até a máscara e a soltou do rosto, permanecendo oculta enquanto falava:
- Eu aceito a sua condição...-Disse Jully.
Sabia que ele não esperava que ela fosse concordar, mas a amazona abaixou sua máscara, revelando seu rosto pro cavaleiro à sua frente.
Em nada ela lembrava aquela mulher irritada que ele poderia imaginar. Era uma garota de feições harmoniosas, pele clara, ligeiramente ruborizada nas maçãs do rosto. A boca era delicada e bonita, naturalmente rosada. Os olhos de um verde profundo, tinham um brilho que mesclava força, fragilidade, inocência e fúria.
Aquilo doía muito em Jully, mas obrigaria ele a cumprir sua parte no acordo. E ela apertou os olhos e virou o rosto de lado, como se aquilo o impedisse de vê-la:
- Eu lhe prometo, Miro de Escorpião, que não sairá de minha boca nada que o prejudique diante de nossa deusa ou companheiros. Desde que você cumpra sua parte no acordo e me trate com respeito durante o treino. Nada de brincadeiras.
Então a garota abriu seus olhos verdes e o encarou, de forma dura:
- Minha honra agora está em suas mãos... Eu confiei em você e espero que você seja digno disso... Se me prejudicar ou quiser cobrar direitos por ter visto meu rosto, eu juro por Athena que eu te mato, cavaleiro.

"Meu deus, que merda eu estou fazendo?"-Perguntava-se Jully em pensamentos.
Aiolia era de todos os Cavaleiros de Ouro o mais proativo, no que dizia respeito à resolução de problemas, grandes e pequenos, que afligissem o Santuário. Era comum vê-lo andar entre o povo, os soldados, aprendizes e amazonas. Em ocasiões especiais, ministrava treinos, mas sua função geral era apenas vigilar. Era um mantenedor da paz e da ordem. Esse posto, contudo, não lhe fora oficialmente concedido e o tempo que dispunha à vigília era uma decisão pessoal. Decisão está que agradava a todos (ou quase todos) e certamente à Athena.
Pouco diferente do normal, desta vez Aiolia andava pelo Santuário trajando sua Armadura de Ouro. Ele se permitiu a tal luxo pois, por hora, pretendia apenas averiguar a região montanhosa do Santuário Ateniense, onde dificilmente encontraria civis. A verdade é que ele não gostava de se exibir, sendo até um segredo, para muitos do Santuário, que ele era o cavaleiro de Leão.
Viu mais a frente dois soldados, do qual ele se aproximou sem alarde. A medida que se aproximava notou a distração dos dois, tanta que não percebiam sua aproximação.
– Sentinelas! A que devemos tanta risada e euforia? – chamou atenção dos dois e eles viraram-se imediatamente, empalidecendo automaticamente – A pouco não fomos invadidos por Hades e seus Espectros? É preciso estar sempre alerta. O inimigo mora onde os heróis não vigiam.

Aiolia fez-se entender com dureza, mas os sentinelas podiam sentir que a represália vinha coberta de razão e sem qualquer intenção de humilhá-los. Por isso acataram as ordens, sem maldizerem Aiolia, em pensamento, por tê-los chamado atenção. Aiolia transpirava uma imagem que sugeria um profundo respeito.

– Desculpe-nos, senhor Aiolia. Não devíamos estar rindo, mas é que algo excepcionalmente estranho está acontecendo lá nas ruínas de Escorpião. – começou um dos sentinelas.

– É verdade. Inclusive me parece ser muito sério. Se aproximar-se, vai poder ver lá embaixo que a amazona de ouro, Jully de Serpentário, está em uma peleja contra o senhor Milo de Escorpião. – completou o outro, receoso.

– Teríamos tentado impedir a briga, mas primeiramente não o fizemos, pois não conseguiríamos descer a montanha e chegar a tempo. E aparentemente o rosto de Jully de Serpentário foi revelado. Se fossemos lá e víssemos sua face, Jully nos mataria antes mesmo de pensarmos em fugir ou pedir misericórdia. – voltou a dizer o primeiro sentinela, que se arrepiou com a idéia de ver o rosto de Jully. Era uma idéia comum que todos imaginassem que atrás da máscara da amazona de Serpentário, morasse uma carranca horripilante e deformada.
Aiolia aproximou-se a tempo de ver uma pedra ser lançada por Jully, em direção das ruínas da casa de Escorpião. Demorou alguns segundos para digerir o depoimento dos soldados e a cena nas ruínas. Não lhe restava dúvidas de que teria que descer lá e averiguar. Não gostava de invadir a casa de seus companheiros dourados, mas em nome da ordem e segurança do Santuário ele se deu o aval de fazê-lo.
Para o susto dos sentinelas, Aiolia simplesmente saltou da montanha e, com o auxílio de sua cosmo-energia, lançou-se para onde Jully estava. Pousou a pouco mais de 5 metros atrás da Amazona. A aterrissagem foi silenciosa, mas seu cosmo rugiu como um leão no coração de todos os que estavam na área. O cavaleiro mantinha uma postura muito séria, quando proferiu, sem economias no tom de voz, palavras firmes:

-Pot Athena, posso saber o que está acontecendo aqui?-Perguntava Aioria.

RESUMO:

Jully se adianta até Aioria, sentindo que possivelmente teria problemas por estar na Casa de Escorpião, supondo que o leão não tinha idéia do que realmente estava ocorrendo entre ela e Miro, Jully diz que havia revelado a Miro que ela e Aioria eram amantes, e que o Escorpião havia debochado, dizendo que isso seria impossível, pois Aioria não gostava de mulher.
O que se seguiu adiante foi uma das situações que Aioria mais se enojava: um teatro de máscaras, mentiras e sarcasmos.
A sua vontade era de reportá-los imediatamente, ou pior, impor a ordem pessoalmente. Mas em tempos de paz, Aiolia fez um esforço heróico para conter sua impulsividade.
O cavaleiro de Leão reconhecia que Miro de Escorpião tinha suas qualidades como guerreiro e era comprometido aos interesses de sua deusa, no entanto, o achava imoral e indigno de seu posto. A contenda dos dois era antiga, desde muito antes de Athena voltar a governar o Santuário, mas um combate definitivo nunca chegara à acontecer.
Aioria não respondeu à pergunta inicial de Miro, sobre a sua presença ali, pois já era de conhecimento geral e por muitos anos que a prática da vigília era uma rotina para o dourado. Talvez ele estivesse ofendido por ter suas ruínas invadidas, mas Aiolia não dava à mínima. Julgava mais importante o problema ser resolvido do que respeitar o ego enorme de Milo. Apesar da recepção nada calorosa, segundos depois se aproximou o Escorpião, trazendo consigo um discurso recheado de intenções depreciativas, mascarado em uma postura amigável. Contudo, nem quando Milo colocou a mão em seu ombro, Aiolia não virou o rosto para fitá-lo. Continuou olhando firme para frente, quando Jully aproximou-se, para sua decepção, no mesmo veneno. A notícia de que o Escorpião agora iria treinar a amazona, soou como uma catástrofe para Aiolia. Aos mais observadores, foi possível ver que Aiolia amarrou o cara, por alguns instantes, como quem digere comida estragada. Os dizeres de Jully que se seguiram provaram mais uma vez serem difíceis de engolir, agora em uma escala muito maior. Como ela poderia expô-lo dessa maneira? Ainda mais para Milo.
Aiolia entendia perfeitamente o apertão que recebia e aquelas unhas levemente cravadas em seu braço lhe trazia recordações antigas e delicadas que se criaram entre ele e a amazona, no passado.
O Leão estava farto daquele teatro patético e portanto pôs-se a falar:
[color=violet]– Basta, Jully! Guarde seu veneno para quem o merece – disse Aiolia, visivelmente abalado, pois desviara seu olhar para Jully. Aiolia não era do tipo que cobrava favores de volta, mas esperava mais de quem ele ajudou e salvou, por muitas vezes.
Aiolia considerou (ou ao menos esperava) que Jully parasse, após a sua represália e então voltou o olhar para Miro, sendo agora a vez dele de ouvir:

– Quando fala do segredinho dela, imagino que esteja se referindo a ter-lhe arrancado a máscara, Miro. – lançou de primeira, acusando-o – Espero que entenda o que acaba de fazer e as conseqüências que isso acarreta à sua vida. Se o fez com consciência, sabendo que a superioridade cósmica o faria escapar da morte, eu posso considerá-lo de hoje em diante o cavaleiro de Ouro mais COVARDE de toda a história. – disse Aiolia, de modo que seu cosmo se alterava nitidamente, com a situação.
Miro apenas tirou a mão do ombro de Aioria, sem mover muito o braço. Inconscientemente inclinou sua cabeça para trás, levantando uma das sobrancelhas.
- Quê?- Indagou o Cavaleiro de Escorpião.
Ouvira toda a ladainha do cavaleiro de Leão, completamente indignado com a capacidade do rapaz de acreditar que podia dar lição de moral nos outros.
A indignação de Miro foi tanta que por alguns instantes esqueceu de Jully. Esqueceu do rosto, da voz irritante que tentava arrastar Aioria para o seu lado. Estava paralisado, chocado com o que o cavaleiro de Leão tinha lhe dito, e, embora sua vontade fosse de socá-lo até a morte, o Escorpião só conseguiu rir.
-Haha, vocês dois só podem estar de brincadeira comigo.-Disse Miro.
Mas a aparente calma sumiu assim que Miro terminou sua frase.
- Covarde é VOCÊ AIORIA, seu babaca! Covarde é quem fica com essa sua cara de besta quando vê a Marin e não faz absolutamente nada. E olha que todo mundo sabe que você tem um TOMBO por ela.-Disse Miro.
Tomou ar, tentando se acalmar para que sua briguinha com Jully não envolvesse mais ninguém e acabasse como uma guerra.
Ficou de costas para Jully e Aioria, enquanto explicava a situação e fazia gestos dramáticos.
- De um lado, Aioria, o mané que chega aqui e não sabe o que aconteceu, mas como é o garoto politicamente correto do Santuário, pensa que pode vir me repreender.
- Do outro lado, Jully, que pensa que não me inferniza o suficiente durante o dia, então pediu para me infernizar também durante a noite. – virou-se para Aioria, com os olhos azuis cintilando de raiva – Quer saber o que aconteceu colega? Ela MENTIU que tinha um caso contigo e aí, quando eu falei que sabia que era mentira e que ela era caidinha por mim, saiu correndo e me atirando pedras! Hã!!! – terminou com um gesto indignado, dirigindo os braços e o rosto para o céu.

Mas sua indignação foi trocada por um frio na espinha. A sua última frase não tinha soado bem.
Miro ficou pálido e colocou a mão na frente da sua boca. Pela primeira vez na sua vida estava sentindo algo parecido com vergonha e realmente não sabia o que fazer. Nem sua voz saiu mais, só um resmungo para si.

- Meu deus como eu sou burro!-Disse Miro.
A voz de Aioria soou para ela como um trovão no meio de um dia claro. Um pequeno cãozinho vira latas que passava por perto, curvou-se e urinou no chão, assustado com o bramido do leão.
Mas as palavras seguintes foram ainda mais assustadoras para a amazona. Aioria e Miro estavam prestes a iniciar uma guerra de mil dias.
Jully soltou-se do braço do leão após a represália, sem dizer nada em resposta.
Não imaginou que Aioria ficaria tão nervoso com seus dizeres, tampouco imaginou que ele iria ser tão agressivo em relação ao companheiro dourado.
Não conseguia imaginar outra reação de Miro, senão agredir imediatamente o leão. Mas estranhamente ele parecia ter sido mais sensato que o normal, tirando a mão do ombro de Aioria.
E Jully sentiu como se o tempo tivesse parado. Sabia que seria severamente repreendida se Miro revelasse que ela havia desvelado seu rosto por conta própria. E não seria fácil convencer o leão do contrário. Ouviu Miro debochar da relação de Aioria com Marin, sabendo que aquilo irritaria o dourado muito mais do que um tapa na cara.
Por fim, arfou aliviada quando viu que Miro omitiu a problemática da máscara, mas não sabia dizer se foi feito sem querer ou se realmente ele estava protegendo-a. Aproveitando a deixa, ela apertou os dedos sob o punho de Aioria, tentando afastá-lo de Miro:
- Aioria, que idéia estúpida é essa que ele arrancou minha máscara? Isso jamais aconteceria, nem por acidente! Que absurdo!!!-Disse Jully.
Mentiu a amazona, ainda empenhada em afastar os dois cavaleiros. Puxava Aioria pelo punho, insistentemente:

- Não dê ouvidos à ele, Aioria, vou lhe explicar tudo melhor... Espero que me perdoe, eu não quis te expor... Falei sem pensar.
Era verdade, que boa parte de tudo que saía da boca de Jully não passava pelo crivo de seu bom senso. E justamente por isso ela se virou para Miro, quando este murmurou que era "burro":
- Há, finalmente vejo que concordamos em algo!
Quando citou Marin, Miro esteve a milésimos de segundos de sentir, finalmente, em primeira mão, ao vivo e com todas as cores, o punho de Aioria. O embate entre os dois parecia ser prorrogado infinitamente, sempre com um imprevisto ou situação inconveniente, dessa vez o cosmo do Leão apenas não explodiu, pois Milo deu as costas e, por maior que fosse a vontade, Aiolia não o atacaria desprevinido. Não faria dele um mártir. Não deixaria brechas para que Miro depois o difamasse, o chamasse de sujo. De má fama injusta, Aiolia já estava farto. Foi o irmão do suposto “traidor” – que na verdade foi O Grande Salvador – por tantos anos e isso pesou de tal forma que algumas feridas ainda cicatrizavam. Felizmente, com muito esforço, dedicação e apoio de pessoas como Marin (e com uma parcela menor, Jully) foi que Aiolia retornou ao topo. Por isso o dourado estava emanando íra. Estava apenas esperando que Milo terminasse o discurso e se voltasse para ele, para arremessar sobre ele toda sua fúria.
Ao mesmo tempo, as mentiras deslavadas de Jully só multiplicavam a cólera do dourado que, obviamente, recairia inteira e unicamente sobre o Escorpião.
O que aconteceu a seguir, contudo, lhe foi como um balde de água fria. Milo fechou seu discurso com um ‘sou burro’ e ali ficou, de costas, sem dar indícios de que se voltaria para Aiolia, com uma postura cósmica bem diferente da arrogante e provocadora de momentos atrás. A voz da razão veio à Aiolia, por incrível que pareça, por Jully, que segurava firmemente seu punho, tentando impedir que o Leão avançasse.
Aiolia fechou os olhos, tentando se controlar. Punhos fortemente cerrados, não ia conseguir engolir os insultos referentes a ele e Marin, mas, com muito esforço, ia conseguir deixar que a situação fosse resolvida em outra oportunidade.
Jully o convidou para explicar melhor a situação e deixar o veneno de Miro de lado. Era uma idéia razoável, pensava o cavaleiro. Interiormente, aceitou o convite, mas não antes de dizer, com aparente calma:
– Miro, eu só tenho algo a te dizer: você é doente. Louco. Uma vergonha. Sua vida é um engano. Não deveria estar aqui. – disse Aiolia, tão atroz que, até ele que não tinha amizade alguma com o interlocutor, ia ficar algo arrependido de ter sido tão rigoroso e cruel em suas afirmações. Mesmo com a raiva contida, a verdade é que ele estava odiando Milo naquele momento – Venha Jully. Passe a noite comigo na Casa de Leão. Da sua loucura eu sei que posso tratar...
Aiolra abriu a mão que Jully segurava, fazendo menção de dar-lhe a mão (foi nesse instante que Aioria percebeu que a amazona estava ferida, mas a essa altura, aquilo era só mais um detalhe que ele poderia consertar, se ela lhe desse a chance) e retirá-la dali imediatamente. Não queria ouvir mais uma palavra de Miro, inclusive, o ignoraria se fosse necessário
“-Ela gosta de mim... Sim, ela gosta de mim...”-Pensava Miro.

Ainda com a mão sobre sua boca, Miro olhava para o nada, tentando processar aquele monte de acontecimento. Como ele imaginaria que aquela implicância toda era na verdade, outro sentimento? Mas, embora seu coração se enchesse de um calor gostoso, havia uma certa desconfiança. E se sua conclusão estivesse errada?

Enquanto isso, Jully tentava acalmar Aioria e esse voltou-se para o cavaleiro de Escorpião com palavras duras e injustas. Miro ouviu tudo, mas estava tão confuso com o que se passava em sua cabeça que não deu o devido valor as palavras do leonino.
Até ele convidar Jully para passar a noite em sua casa.
- Ah não. Agora chega.-Disse Miro
Apontou o dado com sua famosa unha escarlate para Aioria e Jully, completamente transtornado.
- AGORA CHEGA DESSA DISSO AQUI NA MINHA CASA!!!
Virou-se apenas para Jully, olhando-a com um jeito diferente. Era uma mistura de raiva e de mágoa.
- Jully, eu juro por Athena que se você der mais um passo com esse rapaz, nunca mais, ouviu? NUNCA MAIS eu olho na sua cara, independente do que você venha a fazer. Prepare-se para ser completamente ignorada!
Ainda olhando para Jully, Miro tentava manter uma pose controlada, embora seus punhos fechados tremiam de tanta força que Miro concentrava neles.
- E você Aioria, se manda daqui. Você não é ninguém para me julgar ou dizer se mereço ou não meu posto. Vai! Cai fora. Você não tem nada pra fazer aqui, a conversa é entre eu e Jully.
Jully ouviu os dizeres de Aioria para Miro boquiaberta. Nunca havia visto saírem da boca do leão, palavras tão ferozes contra outra criatura.
E quanto ele se voltou para ela, convidando-a para passar a noite na Casa de Leão abertamente, Jully ficou tão rubra quanto a agulha do escorpião. Era como se o chão estivesse sumindo por debaixo de seus pés, especialmente por Miro ter presenciado aquela cena... Pois diante dela estava o herói de quem o Escorpião havia debochado logo no início da discussão, com sua armadura dourada reluzente, assumindo para todos que realmente havia um caso entre ele e Jully.
Isso deixava ainda mais claro que a raiva de Jully contra Miro se resumia a ele ter descoberto que ela gostava dele, uma vez que ela não havia mentido sobre Aioria.
E para o leão a garota não respondeu nada, apenas enlaçou as mãos junto daquele homem que a joga na parede e chama de lagartixa, sem rodeios nem picuinhas. Obviamente um meio sutil de dizer "SIM!!!."
Foi quando Miro explodiu, e a amazona indignada se virou para seu novo mestre:
- O QUÊ? - ela perguntou, engolindo seco de raiva - Você tá ficando louco, Miro? Tá passando tempo demais com o Saga, só pode ser! Ainda a pouco você me disse que estava feliz por eu ter encontrado um HERÓI pra dormir comigo e me disse com todas as letras que hoje não iria me treinar, que eu estava liberada para passar o dia com ele... E você muda de personalidade tão rápido?

E então passou-lhe pela cabeça que talvez Miro tivesse mudado de idéia por ter considerado que era mentira que ela estava realmente se envolvendo com o bom moço do Santuário:

- Outra coisa... Você tem um acordo a ser cumprido comigo. E eu espero que você seja honrado pra cumprir sua palavra. Você é meu mestre agora e não pode me dar as costas simplesmente por gostar de me ver sozinha e humilhada... Pode me odiar o quanto você quiser, mas cumpra o que me prometeu, Miro de Escorpião!
Ela vociferava, gesticulando exageradamente, como toda Europeia.
Foi ao ver o desespero do Escorpião, quando Jully lhe deu a mão, que Aioria começou a se arrepender de ter sido tão cruel em suas palavras. Era uma situação miserável para Miro , enquanto cavaleiro de ouro, ter que apelar para uma chantagem emocional desse nível, querendo privar Jully de supostos benefícios que sua companhia proveria. Ao menos Aiolia via dessa forma. E ele estaria disposto à provar para Amazona que qualquer coisa que Escorpião oferecesse, ele poderia cobrir e garantir algo a mais. E não fazia isso com um sentimento de disputa. Ele apenas se sentia um homem e cavaleiro bem melhor que o Escorpião na grande maioria dos aspectos, não se importando, contudo, de deixar Milo disparar na frente em características que ele considerava negativas ou depreciativas. Se Milo quisesse ser o Rei do Sarcasmo, o Rei do Veneno e afins, Aiolia não iria tentar superá-lo, isso certamente.

Com a apelação emocional de Milo, Jully retaliou imediatamente. Aparentemente tentava defender Aiolia, mas muito do que ela dizia, não era de fácil entendimento para o Leão, que não estava à par do assunto. Aiolia sabia que, independente do que fosse, render aquele assunto não era a melhor idéia. Queria sair dali o mais rápido possível, até por que já estava sendo oficialmente expulso, pelo dono daquelas ruínas.

Enquanto Jully ainda berrava, pareceu citar uma espécie de trato entre ela e Milo, que o dourado possivelmente não cumpriria. Aiolia não queria saber de trato e, por ele, esperava mesmo que não fosse cumprido, se aquilo exigisse que os dois voltassem a se encontrar. Quando ela terminou o assunto, Aiolia decidiu finalmente interromper, para que outro não surgisse:
– Basta, Jully. Você está ferida e precisa de cuidados.
Conhecendo muito bem a Amazona, sabia que teria que tirá-la dali, para que o bate-boca chegasse ao fim. Com a mão livre (pois a outra já estava firmemente atada à de Jully), retirou a capa branca que levava nas costas e, no mesmo movimento, levou-a aos ombros da Amazona, cobrindo-a. Sem aviso, pegou-a no colo.

– Já estou de saída. – disse, dando as costas e pondo-se a descer as escadarias, à caminho da casa de Leão. – Aconselho-te a não fazer nada que vá se arrepender no futuro. – alertou, sem parar ou olhar para trás.
Assim que jully terminou suas palavras, que, além de ir contra as conclusões de Miro, também lhe cobravam o cumprimento da promessa, o Cavaleiro quis lhe responder, lhe explicar que ele não era nenhuma criança idiota que não sabia suas responsabilidades.
Independente de seu posto como cavaleiro de ouro e da necessidade de mostrar-se sempre honrado, responsável e adulto, ver Jully indo embora com Aioria lhe deixava completamente desnorteado. Talvez por ter criado uma falsa esperança de que a amazona realmente tinha algum sentimento bom por ele, agora, vê-la indo embora com outro não mais irritava, doía.
Mas até pessoas debochadas e cínicas como Miro cansavam. Talvez seu sentimento de vingança viesse à tona em alguns instantes, mas agora, o Escorpião só queria um pouco de paz.

Infelizmente, Aioria não conseguia manter-se com a boca fechada.

-“Aconselho-te a não fazer nada que vá se arrepender no futuro.” – repetiu, ridicularizando a voz do leonino.

- Eu digo o mesmo pra vocês dois. Especialmente pra você Jully de Serpentário. Não precisa se preocupar com a promessa que lhe fiz – dizia, irritado. – eu não sou cavaleiro de ouro por acaso, por mais que algumas pessoas acreditem nisso. – olhou para Aioria, por mais que este não estivesse vendo.

Voltou suas palavras novamente para Jully, jogando com isso um pouco do veneno resultante de seu desapontamento com a amazona.

- Só fico me perguntando se você um dia vai me matar ou me amar. Ou talvez você não leve isso a sério, já que hoje vai dormir na casa do nosso santinho de pau oco. Mas de qualquer maneira isso não me interessa né? Só não esqueça que amanhã sim, temos treino, querida pupila.
E virou-se para pegar mais um pedaço de pilar que estava jogado em seu caminho.
(...)
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